Geralmente os americanos vem para a Missão já com 1 ano de faculdade, onde a trancam por 2 anos para fazer Missão. Este deveria ser o normal também aqui no Brasil, infelizmente o jovem brasileiro sai para a Missão em sua maioria ainda sem terminar o 2o Grau, o que é um grande erro. Eu saí para a Missão após formado (aos 22 anos), mas isto porque por ser bolsista do ministério da Aeronáutica, minha faculdade não permitia trancar a matrícula por 2 anos, o que eu teria de fazer no fim do 2o ou 3o ano.
Há uma ênfase na Igreja para que os jovens façam cursos técnicos profissionalizantes, ênfase esta baseada em dois dados:
a) Há escassez deste tipo de profissional no Mercado Hoje
b) Seria o caminho mais rápido para o jovem arrumar uma profissão e já poder se auto-sustentar, preparando-o para um casamento logo após a Missão.
Apesar destes 2 dados terem a sua lógica, ele tem um problema de generalizar todos os jovens, como se todos tivessem aptidões para os cursos técnicos ou para as ciências exatas. Ora, muitos jovens querem fazer medicina, direito ou seguir outras carreiras que nada tenham a ver com os atuais cursos técnicos profissionalizantes de hoje.
Então, o que vejo de maior problema no FPE é a “generalização”, ao invés de se estudar cada caso de ajuda de educação. Por exemplo, em muitos casos, uma ajuda para um curso de Inglês poderia ser de maior ajuda para o jovem do que a ajuda para que ele possa fazer um curso técnico em prótese dentária. Muitos jovens após fazer o curso profissionalizante percebem que aquela não vai ser sua carreira, então o curso se perde e todo o conhecimento aprendido nunca mais será usado. Por outro lado, se ele aprendesse Inglês, com certeza este conhecimento seria usado de alguma forma no futuro.
Como eu acho que deve ser o programa:
1) O jovem deve passar antes por um teste vocacional o qual apontará suas aptidões em diversas áreas do conhecimento.
2) Partindo deste teste, o jovem escolherá os cursos ou faculdades que gostaria de fazer para desenvolver sua profissão.
3) Um consultor educacional, já com os resultados do teste vocacional, entrevistará o jovem e avaliará:
a) A escolha da faculdade e dos cursos que deverá fazer
b) Como será a ajuda de Custo do FPE.
c) Traçar metas a ser alcançada pelo jovem para que possa renovar sua ajuda anual do FPE.
Por exemplo, um jovem que queira ajuda para fazer cursinho, deve fazer uma meta de passar no vestibular das faculdades A, B ou C para que sua bolsa possa continuar no ano que vem.
Após passar na Faculdade o jovem deveria se comproter a manter uma nota mínima na média geral (6,5 ou 7,0), para demonstrar que realmente está levando seu curso a sério.
Colocar como requisito para o FPE apenas a freqüência no Instituto creio eu ser uma forma simplista para se tentar resolver um problema muito mais complexo.